segunda-feira, 5 de março de 2007

Prazer em conheçer você também,versão 16.2

Descobri músicas esquecidas em um vinil cheio de poeira.Logo que ouví,voltei a um passado não muito distante,ele ainda rodeia minha memória seletiva atrás daquele velho sentimento chamado nostalgia.
Lembrei das melodias tiradas de ouvido de uma escaleta velha com teclas quebradas.Das sextas feiras que brincava de pique-esconde na pastoral ao som de Joss Stone.Dos momentos em que eu ouvia uma melodia qualquer e parava de pensar.Das vezes que me peguei de frente ao espelho cantando e me sentindo uma paquita.
Sinto saudades dos tempos em que eu não me preucupava com a solidão,naquela época vivíamos pacíficamente.
Hoje em dia já não posso dizer o mesmo.
Lembro-me dos dias em que sabia a programação do cartoon network de trás pra frente e só usava o computador pra jogar o pac game.Nesse mesmo tempo,tirava as melhores notas da escola sem saber o que era estudar.
Sinto falta de me sentir um gênio.
Sei que não sinto falta só do passado.Isso é estranho mas, como diz Renato Russo,sinto falta de coisas que ainda não viví.
Quero compartilhar coisas que vivem apenas guardadas dentro de arquivos mentais, acorrentados a 7 chaves.
Pretendo oferecer coisas novas que foram descobertas com aquele velho vinil,sentir novamente aquele branco causado por melodias e aquele mesmo frio na barriga quando recebia aquele velho bilhetinho perguntando se você gostava do rapaz.Me sentir gênio novamente,aproveitar as coisas boas da vida sem ter medo.Não ter mais tpm e me sentir livre...
...sem ter medo de ser simplesmente eu.
Prazer em conheçer você também,versão 16.2

5 comentários:

l.ratamero disse...

muitas coisas pra falar sobre esse post, vamos do começo.

outro dia eu desenterrei aqui um vinil do Kraftwerk que minha mãe ganhou da irmãquemoranafinlândia, em 77. quando eu era criança eu ouvia e ouvia esse disco, até escrevi a letra de uma delas quando tinha uns... 7 anos de idade. quando eu ouvi o começo de Trans Europe Express, nossa, eu senti tanta saudade :~

no meu caso não foi uma escaleta, mas um tecladinho tosco que só aceita 4 notas ao mesmo tempo (que tenho até hoje, e ainda funciona, e eu AINDA uso =p).

essa pastoral é a pje? eu fazia parte dela até a oitava série. era tão bom. eu tenho tanta lembrança de paz daquela época. aiai.

sentir-se gênia? bah, isso não faz tanta falta assim.

e sim, eu também sinto essa falta de futuro. eu vivo pra poder chegar na hora de morrer e ter coisas felizes pra lembrar e pra contar. principalmente quando eu escrevo, porque eu não tenho o que contar, eu não tenho o que relembrar, eu não tenho nada pra poetizar que eu já não tenha poetizado. =\

e sobre as coisas acorrentadas, sempre se tem os amigos, eu acho. o/
beijostecuida =*

Marcela disse...

não vou fazer um comentário do tamanho do comentário do luciano.
mais eu já te falei tudo que tinha que falar...
e te ver tão quietinha na hora do recreio da me preocupando demais.
demais mesmo...
eu te amo muito, minha neguinha.
=)
esses bons tempos não voltam;
mais ótimos ainda estão por vir!

Jô Beckman disse...

bacana o texto! Gostei do desenho do personagem do Quino, Mafalda!
abraço

Ali Bjur disse...

Como é bom esse sentimento de nostalgia, hoje mesmo tive essa sensação boa, de voltar no tempo com aquelas boas e velhas cartinhas de amor. Como era bom. huhuhu

Livia R disse...

menina obrigada pela ajudinha de hoje! dá um look lá...mudei algumas coisinhas

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